Coordenador do grupo Bem Viver USP é convidado da Jornada Bienal da Sociedade de Psicologia do RS

Professor Livre-Docente no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da USP e coordenador do grupo Bem-Viver USP, Alessandro de Oliveira dos Santos é um dos convidados da edição de 2021 da Jornada Bienal da Sociedade de Psicologia do RS e versará sobre “Relações Étnico-Raciais, Bem-Viver e a Atuação do Psicólogo”.

A jornada ocorrerá no dias 15 e 16 de outubro de 2021 com o tema “Exclusão e segregação: o risco à subjetivação” e contará ainda com a presença de Caroline Silveira Sarmento falando sobre “Trajetória de rua e maternidades interditas: raça e classe como marcadores que inviabilizam mulheres enquanto mães“, Ignácio A. Paim Filho falando sobre “Racismo o demoníaco estrangeiro que nos habita – entre gritos e sussurros“, Adolfo Pizzinato falando sobre “Elementos psicossociais da imigração atual: das idealizações romantizadas à corporificação da alteridade“, Jaqueline Gomes de Jesus falando sobre “Cisgeneridade e as artimanhas da exclusão por identidade de gênero”, José Stona falando sobre “A escuta clínica psicanalítica da população LGBTTQIA+”. Marta Rezende CardosoRejane Paféj KanhgágRenata Viola VivesRoberta da Silva Gomes e Tadeu de Paula Souza também são convidados confirmados no evento.

As inscrições e as informações sobre o evento, seus convidados e sua equipe produtora podem ser acessadas na página da organização.

Artigo “Esporte, Psicologia e Racismo: É Possível uma Psicologia do Esporte Antirracista?” é publicado na revista Psicologia Ciência e Profissão

O artigo “Esporte, Psicologia e Racismo: É Possível uma Psicologia do Esporte Antirracista?” assinado pelo Dr. Marcio Antonio Tralci Filho e seu orientador Alessandro de Oliveira Santos foi publicado no vol. 40 da revista “Psicologia: Ciência e Profissão” e discute as interseções entre os eixos temáticos esporte, psicologia e relações raciais.

Esse artigo é fruto da tese de doutorado de Tralci, formado em educação física, ele conta que sempre se interessou pelos aspectos socioculturais que envolvem o fenômeno esportivo, o que o levou a pesquisar especificamente os aspectos étnicos-raciais da temática.

De acordo com o artigo, a construção histórica ocidental do esporte caracterizou-se como ferramenta de construção da estética e da masculinidade da Elite burguesa e como construção do ideal de dominação colonizador europeu no século XIX. Isso em detrimento dos jogos corporais presentes nos nativos americanos, africanos e asiáticos, cujas práticas eram categorizadas como menos valorosas e, consequentemente, não esportivas.

Em nossa entrevista Tralci descreve a dificuldade em encontrar materiais em língua portuguesa que abordassem o olhar sociocultural sobre negritude e racismo no esporte, encontrando majoritariamente artigos com enfoques fisiológicos. A exemplo desta dificuldade ele menciona o livro Beyond a Boundary (1963) do autor caribenho C.L.R James. O livro foi referência em seu trabalho, mas teve de ser usado em inglês, pois nunca foi publicado em português.

No decorrer do artigo ele segue então para seu principal objetivo: compreender os limites e possibilidades da Psicologia do Esporte frente ao racismo estrutural no ambiente e nas relações esportivas. Para isso, a pesquisa foi composta por oito entrevistas realizadas com quatro psicólogos e quatro psicólogas com experiência na Psicologia do Esporte, analisando, através da Teoria Crítica de Raça, narrativas sobre a atuação desses profissionais.

Durante a entrevista, Tralci relatou que a pesquisa mostrou algumas estratégias utilizadas pelos Psicólogos do Esporte para atuarem de modo mais integral e considerando o contexto social, em uma indústria que os pressiona a buscar dos atletas exclusivamente uma performance de alto rendimento, ainda que alheia ao sujeito.

O artigo completo pode ser acessado através do link.

Coordenador do Grupo Bem Viver USP integra Mesa “Por uma psicologia afrodiaspórica: colonialidade e devir na América Latina”

O Coordenador do Grupo Bem Viver USP Alessandro de Oliveira dos Santos integra a Mesa “Por uma psicologia afrodiaspórica: colonialidade e devir na América Latina”, que ocorrerá no dia 02/04/2021 das 19h às 21h através do youtube.

A mesa foi proposta pelo Núcleo Baixada Santista da Associação Brasileira de Psicologia Social São Paulo (ABRAPSO-SP) e, contará com a participação dos seguintes convidados:

– Alessandro de Oliveira dos Santos (IPUSP)
– Danielle Almeida (Diaspórica e Instituto Feira Preta)
– Alessandro de Oliveira Campos (Redes Pretas de São Paulo e Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô)
– Mediação: Adriana Eiko (UNIFESP-BS)

De acordo com a associação a mesa tem por objetivo: “falar em colonialidade e devir na América Latina – o que significa trazer para o debate crítico da Psicologia Social essa especificidade da vivência da diáspora de negros no Brasil e em outros países da América Latina, compreendendo os efeitos do racismo estrutural e estruturante na constituição de nossa realidade, bem como narrar a história à contrapelo, ao potencializar as resistências e as lutas históricas no sentido da emancipação e libertação.”

A apresentação poderá ser acompanhada ao vivo no youtube através do link e para a disponibilização de certificados basta se inscrever no site da ABRAPSO.